As memórias dos atletas, comissão técnica e diretoria da ADC Intelli/Orlândia foram eternizadas nesta quarta-feira (25/4) através do projeto ‘Guardiões de Ídolos’, que visa preservar a história dos grandes esportistas brasileiros no mesmo estilo hollywoodiano da calçada da fama. Os ídolos gravam os pés ou as mãos em placas de arginato, que depois disso passam por um processo final de acabamento em mármore sintético, com isso, de acordo com os voluntários do projeto, as peças podem ser preservadas por cerca de 300 anos, sem sofrer nenhum tipo de avaria.
Ao todo, vinte e dois integrantes do elenco alvigrená foram homenageados e se juntaram a um acervo ilustre que já conta com Joaninha, do free style, Jade Barbosa e os irmãos Danielle e Diego Hipólito da ginástica, Balbi Jr, do motocross, os ídolos do futebol do passado, Edu, Rondinelli, Zico, Marcelinho Carioca e Ademir da Guia e ídolos da atualidade como Mano Menezes, Neymar, Hernandes, Ganso e Rogério Ceni.
O idealizador do projeto, Sullivan Gonçalves de Oliveira, artista plástico paulista, radicado em Campo Grande há 12 anos, explica que a iniciativa surgiu após ouvir um depoimento do jogador Ronaldo Fenômeno, onde o ex-craque pediu respeito pela história dos ídolos do Brasil.
- Eu tenho uma admiração pelos Estados Unidos, lá os ídolos chegam a ser quase intocáveis, as pessoas falam do Michael Jordan como se fosse um Deus realmente na terra, eu não pretendo isso pra mim, mas acho que o respeito pela carreira do atleta, precisa melhorar isso no Brasil, é preciso ter respeito com a história do cidadão-Desabafou Ronaldo em uma entrevista.
A iniciativa louvável não conta com o patrocínio de nenhuma empresa ou recursos públicos, o que não incomoda o patrono do projeto.
- Não quero meu projeto sendo visto pela sociedade como fonte de angariar dinheiro, ele não tem fins lucrativos, por esse motivo, eu mesmo tento custear meu sonho sem usar recursos públicos, conto com a ajuda de parceiros amigos que estão sempre me apoiando- Disse.
A captação das marcas dos esportistas teve início há pouco mais de dois anos e hoje o acervo já conta com mais de 300 placas.
- Estou muito feliz, o primeiro homenageado foi o Rogério Ceni, que é do estado e um dos grandes apoiadores do projeto, e em pouco tempo chegamos a 341 placas com essas da equipe da Intelli - Comemorou Sullivan.
Enquanto não conta com um local fixo para exibir as peças o artista prepara uma primeira exposição, com pelo menos 100 peças, para o próximo dia 11 de maio, em Campo Grande.
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